São Paulo, domingo, 3 de dezembro de 1995
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Mamonas não paravam em nenhum trabalho

Eles não paravam em emprego. Antes de virar artistas, os integrantes do grupo Mamonas Assassinas fizeram de tudo.
Mas a bagunça -que hoje faz o sucesso da banda, com 1,3 milhão de cópias vendidas logo no primeiro disco- naquela época atrapalhava.
Alecsander Alves, 24, o Dinho, vocalista do grupo, teve seus três primeiros empregos em um ano. No primeiro deles, não durou nem um mês.
"Foi como office boy interno de uma empresa de Guarulhos (SP). Tinha 14 anos. Aloprava todo mundo, ficava contando piada o tempo todo. Perdi o emprego por causa disso."
Depois foi trabalhar como auxiliar de escritório. "Pedi a conta e fui trabalhar como ajudante geral. Meu chefe era português. O 'Vira-Vira' foi uma vingança", afirma, sobre um dos sucessos do grupo.
Dinho não era propriamente um aluno brilhante. "Fui expulso da escola no segundo colegial, de tanto bagunçar."
Júlio Rasec, 27, tecladista dos Mamonas, começou como estagiário na Philco, empresa de eletroeletrônicos.
"Trabalhava na linha de rádiorrelógios. Até hoje conserto qualquer coisa." Mas ele também teve várias outras atividades. Foi até professor de inglês.
Nos Mamonas, houve outro office boy, Samuel Reoli, que depois passou a trabalhar na videolocadora do irmão, Sérgio. Bento Hinoto também é adepto do negócio próprio.

FRASES
"E você está entrevistando a gente por quê?" (Dinho, quando soube que estava sendo entrevistado para uma seção que traz depoimentos de pessoas famosas)

"Eu trabalhava porque sempre quis ser independente, juntar dinheiro para comprar minhas coisas." (idem, sobre o porquê de procurar emprego aos 17 anos)

"Puxa, finalmente vou comprar o Empregos por outro motivo. Antes, minha mãe me acordava domingo e perguntava: 'Comprou o jornal?"' (Júlio, tecladista)

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