São Paulo, domingo, 3 de dezembro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Reforma prepara país para união monetária Queda do déficit é medida imposta pela União Européia VINICIUS TORRES FREIRE
A Previdência Social teve um déficit de cerca de US$ 12 bilhões no ano passado. O déficit orçamentário é de 5% do PIB do país. Isso vai ter de mudar até 1997, quando a União Européia vai checar as contas e regulamentações das economias nacionais para decidir quem participará da integração final, a monetária, em 1999. A moeda única, a política de estabilidade monetária ("o franco forte") e a volatibilidade do mercado financeiro mundial são os fatores que estão determinando a política econômica francesa e a reação a ela, as greves. Para entrar na Europa, a França tem que apresentar um déficit orçamentário de, no máximo, 3%. Começou a cortar pelos gastos sociais. Baixar o déficit é fundamental também para garantir a confiança dos "mercados". "Os investidores ainda acreditam que Juppé vai sanear as contas sociais", diz David Naudé, economista do grande banco americano J. P. Morgan. Acredita-se que com menos déficit a inflação e o valor da moeda ficarão estáveis. Deste modo garante-se que os grandes investidores (ou especuladores) mundiais continuem interessados na França. Para se integrar à Europa a França vai precisar abrir mão de monopólios estatais. Segundo o Instituto de Econometria da Universidade Cambridge, as privatizações, vão provocar 300 mil demissões até 1998. Texto Anterior: França terá jornada de greves e protestos Próximo Texto: Sri Lanka toma Jaffna dos rebeldes tâmeis; Guru japonês demite advogado pela 2ª vez; Governo lidera eleições legistativas em Taiwan Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |