São Paulo, domingo, 3 de dezembro de 1995
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entre o banco e o violão

MARISA ADÁN GIL

A fama ou a vida. Há dois anos, o violonista e engenheiro Marcelo Kayath, 31, fez a escolha. Recusou uma carreira de turnês pela Europa e os EUA e foi fazer pós-graduação em "business" na universidade de Stanford (EUA). Na volta, este ano, virou analista de investimentos para o Banco Garantia.
"Se fosse famoso, nunca poderia ter a Stephanie", diz, enquanto brinca com a filha de 1 ano. "Minha vida ia ser um caos. Seis meses viajando, 150 concertos por ano..."
Até hoje, os convites continuam -resultado de uma trajetória meteórica pela música clássica: 1. aos 12 anos, começa os estudos; 2. aos 16, fica em segundo no concurso Villa-Lobos; 3. com 20, ganha os concursos de Toronto e Paris (entre os mais importantes no instrumento) e estuda com o espanhol Andrés Segovia; 4. de 1986 a 1992, toca em Paris, Nova York, Londres e grava cinco CDs.
"O que mais eu poderia querer?", diz Kayath, fora dos palcos desde 92. "Queria ser um dos melhores do mundo. Consegui."
De vez em quando, dá folga ao executivo e arma novos acordes. "Em 96, quero gravar a obra completa de Villa-Lobos". Tem convites para tocar na França e Japão. "Sinto falta do palco."
M.Ad.

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