São Paulo, segunda-feira, 4 de dezembro de 1995
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Ministros de 3 países debatem estabilização

DA REPORTAGEM LOCAL

A Folha promove hoje um seminário internacional sobre "Estabilização e Mercados Emergentes", que antecederá a inauguração de seu novo parque gráfico.
O seminário começa às 9h30 e terá a participação dos ministros Pedro Malan (Fazenda) e José Serra (Planejamento), do Brasil, Domingo Cavallo, da Argentina, e do vice-ministro da Fazenda do México, José Julián Sidaoui Dib.
Cada um falará sobre a estabilização nos seus respectivos países, seguindo-se uma sessão de perguntas e respostas.
Argentina, Brasil e México conduzem planos de estabilização que têm ao menos uma característica comum: apóiam-se fortemente no que se convencionou chamar de âncora cambial.
Ou seja, na sobrevalorização da moeda local como forma de combater a inflação, já que os produtos importados ingressam com preços relativamente reduzidos, forçando os similares nacionais a uma certa estabilidade.
Em 1994, a inflação não foi além de 7,1%. Mas, nos 12 meses encerrados em outubro deste ano, já estava em 45,7%.
A crise mexicana colocou sob suspeita todo o modelo, afetando diretamente Argentina e Brasil.
Consequência: os três países adotaram providências, embora de diferente caráter, para corrigir o desequilíbrio comercial (mais importações do que exportações). O México, só pela desvalorização do peso, conseguiu reverter os seus déficits no comércio.
Brasil alterou levemente a sua política cambial, mas a Argentina manteve-se apegada ao esquema chamado de "convertibilidad", pelo qual o peso argentino vale US$ 1 desde abril de 1991.
Mesmo assim, também Brasil e Argentina recuperaram saldos comerciais neste ano. Mas permaneceu a sombra sobre a possibilidade de que o câmbio possa continuar indefinidamente a sustentar uma inflação relativamente baixa.

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