São Paulo, terça-feira, 5 de dezembro de 1995
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CUT-MG é condenada a pagar indenização

CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A CUT-MG (Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais) e duas entidades foram condenadas pelo Tribunal de Alçada do Estado a pagar indenização por danos morais de R$ 30 mil ao médico Francisco de Assis Machado.
O médico alega que, durante uma greve do setor de saúde em 92, teve sua imagem pública atingida por cartazes assinados pelas entidades, que o chamavam de "corrupto".
Nesta época, Machado era superintendente da Fhemig (Fundação Hospitalar de Minas Gerais), entidade que administra a rede estadual de hospitais.
Segundo o médico, as acusações foram feitas como "forma de chantageá-lo" para que atendesse às reivindicações dos grevistas.
O processo já tinha sido julgado pela Justiça comum, que determinou uma indenização no valor de 150 salários mínimos. O médico, porém, recorreu por considerar o valor muito baixo.
O juiz Duarte de Paula, do Tribunal de Alçada, decidiu dobrar o valor da indenização e condenou a CUT-MG, o Sindicato dos Trabalhadores de Saúde e a Coordenação Sindical a pagar 300 salários mínimos.
Outro lado
O presidente da CUT-MG, Carlos Campos, disse que entidade vai recorrer da decisão porque, segundo ele, as acusações feitas contra o médico não tinham caráter moral.
A CUT-MG informou que apresentou representações ao Ministério Público contra Machado, para tentar provar que ele esteve envolvido em atos de corrupção quando foi superintendente da Fhemig e assessor do governo Collor em Alagoas.

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