São Paulo, terça-feira, 5 de dezembro de 1995 |
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Em carta, diplomata acusa colega
AZIZ FILHO
Costa Couto se atirou da janela do quinto andar do edifício onde morava, na Lagoa (zona sul do Rio de Janeiro), anteontem à tarde. O enterro aconteceu às 17h de ontem no cemitério São João Batista (Botafogo, zona sul). Na carta "aos amigos, à opinião pública e ao Itamaraty", divulgada ontem pela família, Costa Couto afirma ser inocente e que o suicídio foi a forma de "sublinhar" seu "protesto". Ao acusar Silva Alves, um dos autores da denúncia, Costa Couto afirma na carta que não se aprofundaria mais no tema para "preservar" o Ministério das Relações Exteriores. O embaixador havia sido posto em disponibilidade em função do inquérito do Itamaraty que apurava denúncias de que ele e dois auxiliares teriam se apropriado de US$ 1,5 milhão obtidos no câmbio negro pela Embaixada do Brasil no Iraque, onde esteve entre 88 e 90. A carta é datada de 29 de novembro, mesmo dia em que o STF (Supremo Tribunal Federal) negou o mandado de segurança em que ele alegava cerceamento de defesa no inquérito do Itamaraty. Costa Couto, que tinha 62 anos, também escreveu para a mãe, Julieta, 83, a mulher, Maria Lúcia, 60, e os filhos Mauro, 37, Sérgio, 35, e Pedro, 33, os dois primeiros diplomatas de carreira. Texto Anterior: CBF adia definição da tabela das semifinais do Campeonato Brasileiro Próximo Texto: Viúva faz defesa contra acusações Índice |
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