São Paulo, terça-feira, 5 de dezembro de 1995
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Informe anual da SIP condena assassinatos

DA REDAÇÃO

A SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) condenou, em seu informe anual, os assassinatos de 11 jornalistas ocorridos entre outubro de 94 e outubro de 95 em quatro países.
O informe, intitulado "Liberdade de Imprensa nas Américas", tem 112 páginas e começou a ser distribuído na semana passada. Foi editado em espanhol, inglês e -pela primeira vez- português.
O documento critica a negligência dos governos dos países envolvidos na investigação dos crimes.
"É surpreendente que praticamente todos os autores desses delitos violentos contra os jornalistas tenham escapado da Justiça", diz o texto.
Cinco dos 11 jornalistas foram assassinados no Brasil. Os demais foram mortos na Colômbia, na Guatemala e no México.
Preocupada com os crimes, a SIP, a partir deste mês, desenvolverá um projeto de investigação, que deve analisar causas e consequências da impunidade dos criminosos e como tal impunidade afeta a liberdade de imprensa.
O projeto é denominado "Crimes sem castigo contra jornalistas" e deve durar dois anos.
Além dos 11 assassinatos, o informe da entidade diz que 6 jornalistas foram sequestrados, 209 foram fisicamente agredidos e 3 foram exilados.
Dentro das atividades institucionais, o livro destaca o debate promovido pela entidade sobre a liberdade de imprensa.
Sobre a modernização do ensino de jornalismo, ressalta a conferência realizada em Chicago (EUA), em setembro, com professores de faculdades de comunicação e editores latino-americanos e norte-americanos.

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