São Paulo, terça-feira, 5 de dezembro de 1995 |
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Qual o papel da imprensa na consolidação da democracia? Luiz Carlos Bresser Pereira (foto), ministro da Administração e da Reforma do Estado: "O papel da imprensa é fundamental na construção de qualquer regime democrático. A função da imprensa deve ser uma função fundamentalmente crítica". Dorothéa Werneck, ministra da Indústria e Comércio: "A imprensa teve e tem no Brasil uma responsabilidade central na construção da democracia. Não só pelo aspecto de controle do poder público e denúncia de irregularidades, mas, cada vez mais, como veículo de informações, sem as quais as pessoas não podem assumir posições claras e pensadas". Paulo Renato e Souza (foto), ministro da Educação: "A imprensa escrita cumpriu papel muito importante no processo de redemocratização. A Folha, especialmente, teve função fundamental nesse processo, mantendo espaços abertos para o debate nos momentos mais duros do regime militar. Acho que o jornal precisa se adaptar para cobrir melhor e com mais competência profissional as áreas mais específicas". Francisco Weffort, ministro da Cultura: "O jornal é um instrumento clássico da democracia desde o seu primórdio. O jornal informa os fatos e forma a opinião, o que não é a mesma coisa. Não se pode ter democracia sem opinião pública". Antônio Carlos Magalhães, senador pelo PFL-BA: "A imprensa tem função significativa na consolidação da democracia. Pode-se discordar de uma ou outra posição da imprensa diante de um determinado fato, mas a democracia não funciona sem uma imprensa livre. Os jornais, particularmente, fixam os acontecimentos com muita força, como nenhum outro veículo". Edson Arantes do Nascimento, Pelé (foto), ministro Extraordinário dos Esportes: "O jornal é fundamental na formação e consolidação da democracia. Eu que viajei e viajo pelo mundo todo aprendi a importância que o jornal tem na formação de um país. O jornal tem de ter um papel de fiscalização". Agostinho Patrús, presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais e governador interino do Estado: "A comunicação como um todo, e os jornais em especial, representam o elo entre a sociedade e as autoridades constituídas. Através do jornal é que a sociedade se manifesta". Jorge Bornhausen, presidente do PFL: "Não há liberdade sem liberdade de imprensa, que deve ser exercida com responsabilidade. O papel da imprensa deve ser cumprido com isenção, apresentando os fatos sem distorção e, também, manifestando opinião". Romeu Tuma, senador pelo PFL-SP: "Os jornais têm um papel fundamental na busca da verdade, na busca de reportagens investigativas que façam avançar o processo de transparência da sociedade". César Maia (foto), prefeito do Rio: "Vivemos uma revolução dos meios de comunicação no Brasil, que estão se modernizando e se qualificando. Se a democracia brasileira fraquejar, não será por culpa dos meios de comunicação. Esse centro gráfico dá à Folha um diferencial em termos nacionais". Franco Montoro, deputado federal (PSDB-SP): "É fundamental o papel dos jornais. A opinião pública é que movimenta as grandes transformações e ela é muito influenciada pela imprensa". Benito Gama, deputado federal (PFL-BA): "A cobertura das CPIs mostra que os jornais brasileiros estão no mesmo nível dos países desenvolvidos". Ricardo Trípoli (PSDB), presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo: "O jornal é um órgão que socializa a informação. Através dos jornais, a sociedade tem a opinião do próprio veículo, de políticos e da sociedade civil". Luiz Antonio Fleury Filho, ex-governador de São Paulo: "Os jornais têm papel fundamental de crítica e de informação". Belisário dos Santos Jr., secretário de Justiça do Estado de São Paulo: "1996 será o ano da tolerância. Os jornais devem dar pistas sobre as várias formas de convivência. Com isso, já terão cumprindo a missão pela consolidação da democracia". Miguel Colasuonno (PPB), presidente da Câmara Municipal de São Paulo: "No jornal, se lê e escreve, e a democracia aparece. Na TV, a informação é fugaz, no palanque você também fala e depois morre. O jornal faz a história da democracia". Marcos Cintra, vereador do PL-SP: "Não há voto consciente nem democracia sem informação, que deve ser a mais neutra e desengajada possível". Jaime Wright, pastor presbiteriano: "A Folha, especialmente, tem sido fundamental para a consolidação democrática. Sempre manteve uma sensibilidade social que reflete os sentimentos não apenas humanistas, mas também humanitários". Roberto de Abreu Sodré, ex-governador de São Paulo e ex-ministro das Relações Exteriores: "Não existe democracia sem liberdade, sem uma imprensa livre. Uma imprensa livre informa e fiscaliza". Carlos Alberto Idoeta, diretor da seção brasileira da Anistia Internacional: "A imprensa, e não apenas os jornais, tem um papel fundamental no processo de informação e de transparência da coisa pública". José Carlos Dias, advogado e ex-secretário da Justiça: "Não existe democracia sem liberdade de imprensa manifesta na sua forma mais radical. É a sociedade que tem de encontrar mecanismos que regulem os excessos sem que o Estado tenha uma intervenção censitória absolutamente incompatível com a opção democrática". Flávio Fava de Moraes, reitor da Universidade de São Paulo: "O papel fundamental do jornal, olhado por parte da universidade, é o de se constituir no melhor veículo para a socialização do conhecimento". Aristides de Andrade, prefeito de Santana do Parnaíba: "A imprensa deve denunciar e ir a fundo na investigação em defesa da democracia". Roger Brown, cônsul-geral da Grã-Bretanha: "Quanto mais independente o jornal, mais confiável como fonte". Raul Cutait, médico, presidente do Instituto para o Desenvolvimento da Saúde: "O jornal é quem faz o controle de qualidade da democracia. O papel do jornal é informar e comentar para que as pessoas possam ter uma visão mais real do dia-a-dia". Texto Anterior: Jornais legitimam democracia, diz Sarney Próximo Texto: CENAS Índice |
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