São Paulo, terça-feira, 5 de dezembro de 1995
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Gravações ligam bicheiro Noal à polícia

DA REPORTAGEM LOCAL

A Corregedoria da Polícia Civil conseguiu novas provas sobre a ligação entre o banqueiro do jogo do bicho Ivo Noal e policiais.
Em duas conversas telefônicas gravadas, Noal teria dito que seu secretário, Luigi Romano, havia passado em delegacias para pagar "todo mundo" e agradecido um policial que o avisou sobre uma operação para fechar seu cassino. Noal não foi encontrado ontem (leia texto abaixo).
Desde 21 de julho passado, quando foi fechado um cassino Morumbi (zona oeste de SP), a polícia estava grampeando dez telefones comuns e celulares para descobrir os donos do lugar.
Segundo o delegado Mauro Marcelo Lima e Silva, 36, do 89º DP, um mês depois foi fechado pela polícia outro cassino no Itaim Bibi (zona oeste), que seria de um concorrente de Noal.
Uma das conversas gravadas seria entre Noal e Luis Buono, acusado de ser seu braço direito na área de cassinos. Após ter seu cassino do Itaim fechado, o concorrente do bicheiro teria denunciado anonimamente um outro cassino de Noal.
Buono e Noal falam por códigos que, avisados da denúncia pelo investigador, fecharam o cassino antes que o fechassem.
A escuta telefônica foi autorizada pelo Judiciário. O Ministério Público Estadual acompanha a investigação. Segundo o delegado, 12 pessoas devem ser acusadas no inquérito de corrupção passiva e ativa e exploração de jogo ilegal.

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