São Paulo, terça-feira, 5 de dezembro de 1995
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Aumentam pedidos de eletroeletrônicos

Medida do governo estimula indústria

MÁRCIA DE CHIARA
ENVIADA ESPECIAL A MANAUS (AM)

Sondagem preliminar da indústria eletroeletrônica junto a comerciantes indica que o volume de pedidos para o ano que vem pode ser, em média, 10% maior em relação ao de 95.
É que grandes lojas de eletroeletrônicos já começaram a rever suas programações de compras da indústria para 96, depois que o governo afrouxou o crédito e permitiu a volta dos consórcios.
A Lojas Cem, por exemplo, reabriu imediatamente o seu consórcio de eletroeletrônicos na última quinta-feira, um dia depois que o governo permitiu a volta dos consórcios. "Vamos aumentar 10% as compras para o ano que vem", diz Giácomo Dalla Vecchia, sócio.
A Casas Bahia é outra que está reprogramando os pedidos para 96. "Vamos encomendar um volume 15% maior", diz Samuel Klein, dono da empresa. A G.Aronson também quer ampliar as compras.
Klein calcula que vai vender em dezembro 30% mais do que em igual período de 94. Segundo ele, as medidas de afrouxamento ao crédito não devem incrementar neste final de ano as vendas da sua loja. "Mas foi uma boa coisa para o varejo."
Isso porque a sua empresa, assim como outras grandes redes, já tinha crediário de longo prazo. De agora em diante, mesmo com mais dinheiro solto no mercado para os financiamentos, essas lojas não pretendem ampliar os prazos.
O motivo é que a inadimplência (atraso no pagamento) continua estabilizada em um patamar elevado.
No caso das grandes redes, essas medidas ajudam mais a empresa porque permitem o repasse de um volume maior do crediário para as financeiras, diz Klein. Com isso, sobra mais dinheiro em caixa.
Girsz Aronson, dono da G.Aronson, que vende em até sete vezes, diz que planeja ampliar para dez prestações o crediário antes do Natal.

A jornalista MÁRCIA DE CHIARA viajou a Manaus a convite da Samsung Eletrônica.

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