São Paulo, terça-feira, 5 de dezembro de 1995
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Indústria aumenta o ritmo de demissões

MARCOS CÉZARI
DA REPORTAGEM LOCAL

As indústrias paulistas voltaram a aumentar o ritmo de demissões na quarta semana de novembro em relação à terceira.
Entre os dias 20 e 25 do mês passado, o nível de emprego industrial caiu 0,19%, com o fechamento de 4.158 postos de trabalho (na terceira semana o saldo negativo tinha sido de 920 empregos).
No mês, a taxa acumula queda de 0,83%, ou seja, menos 18.153 empregos. Os números totais de novembro serão divulgados na próxima semana pelo Depea (Departamento de Documentação, Pesquisas, Estudos e Avaliações da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
O nível de emprego (saldo entre contratações e demissões na indústria paulista) vem apresentando resultado negativo desde a primeira semana de maio. Naquele mês, o saldo foi de menos 9.976 postos de trabalho.
A partir daí os resultados foram crescentes até agosto, caindo em setembro e em outubro. O resultado de novembro deverá ser pior que o de outubro (20.988 vagas fechadas), mas melhor que o de setembro (31.418 postos a menos).
Com o resultado da quarta semana de novembro, as taxas acumuladas no ano e nos últimos 12 meses estão, respectivamente, com quedas de 6,15% e de 5,69%, representando o corte de 142.953 e 139.788 postos de trabalho.
A pesquisa do Depea, realizada entre 46 sindicatos patronais, revelou que na quarta semana do mês passado 5 setores apresentaram crescimento no nível de emprego, 15 tiveram queda e 26 permaneceram estáveis.
Os setores que apresentaram desempenho positivo (contrataram mais do que demitiram) entre 20 e 25 de novembro foram congelados e supercongelados (1,13%), relojoarias (0,51%), papelão (0,24%), forjaria (0,15%) e matérias-primas para fertilizantes (0,13%).
Entre os que demitiram mais do que contrataram, destacam-se proteção, tratamento e transformação de superfícies (-1,02%), componentes para veículos automotores (-0,97%), fundição (-0,92%) e material plástico (-0,75%).
No ano, o setor de mármores e granitos apresenta o pior resultado, com menos 24,92% postos de trabalho, seguido de fiação e tecelagem, com menos 22,15%.

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