São Paulo, terça-feira, 5 de dezembro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Sindicalismo está dividido
VINICIUS TORRES FREIRE
As greves estouram sem o conhecimento das centrais sindicais, que disputam entre elas a "liderança" do movimento. Querem aproveitar a hora para recuperar o prestígio do sindicalismo (a sindicalização hoje é de 9% na França). Na manifestação de hoje, os estudantes dão um apoio circunstancial aos trabalhadores. Se conseguirem mais algum dinheiro, devem voltar para a escola. As três maiores centrais sempre foram e, mais uma vez, estão divididas. Contribui para a confusão geral o fato de que cada categoria de uma mesma empresa pode pertencer a vários sindicatos. Nicole Notat, secretária-geral da Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT) deu "apoio crítico" ao governo. Dividiu a CFDT e quase foi linchada numa passeata. CGT e FO exigem a retirada do plano Juppé. Marc Blondel, líder da FO, e Louis Viannet, da CGT, disputam a imagem de "condutores da greve". Os dois sabotam discretamente as respectivas iniciativas. Por baixo, os sindicatos fazem coincidir a data das suas manifestações. Mas Blondel não vai na de hoje, chamada primeiro pela CGT. Texto Anterior: França rejeita saída política para greves Próximo Texto: Avião cai e mata 60 em Camarões Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |