São Paulo, quarta-feira, 6 de dezembro de 1995
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FHC descarta revisão de programa social

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso descartou ontem a possibilidade de rever o Programa Comunidade Solidária e defendeu sua manutenção como executor das políticas sociais do governo, durante solenidade no Palácio da Alvorada. "Não há razão (para promover alterações)", disse.
A secretária-executiva do Comunidade Solidária, Anna Peliano, afirmou anteontem que o programa deveria ser revisto. Segundo ela, o governo estaria preparando um plano global para dar maior visibilidade à área social.
O programa foi duramente criticado na 1ª Conferência Nacional de Assistência Social, realizada no final de novembro em Brasília.
Os conferencistas, ligados a organizações governamentais e não-governamentais, pediram o fim do Comunidade Solidária, cujo conselho é presidido pela primeira-dama Ruth Cardoso.
FHC fez também uma defesa pública do Comunidade Solidária no programa de rádio "Palavra do Presidente". Ele disse que o programa tem atingido seus objetivos na área social.
"A Comunidade Solidária tem uma missão que está sendo muito bem cumprida: é ela que agiliza a distribuição de dinheiro dos ministérios, que faz com que os programas do governo na área social sejam executados e que também busca parcerias", afirmou.
"Graças ao Programa Comunidade Solidária, os prefeitos dos municípios pobres do país não precisam mais vir a Brasília atrás de dinheiro. A Comunidade Solidária faz a ponte do governo com os brasileiros que precisam de ajuda", disse FHC.
Ele anunciou ainda o lançamento do programa Universidade Solidária, cuja solenidade acontece hoje na Câmara dos Deputados. Segundo FHC, o programa se assemelha com o extinto Projeto Rondon: participação dos estudantes em trabalhos junto às comunidades carentes.
O programa Universidade Solidária vai levar mil estudantes universitários e professores a cem municípios do Nordeste e Vale do Jequitinhonha para orientar a comunidade nas áreas de saúde e educação.

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