São Paulo, quarta-feira, 6 de dezembro de 1995
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Presidente entrega prêmio sobre os direitos humanos

D. Paulo é o primeiro colocado; Dimenstein, o segundo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem ao entregar o 1º prêmio Direitos Humanos que tem muita confiança em que as "dificuldades imensas" nesse setor vão ser superadas.
Em seu discurso, FHC afirmou: "O presidente da República não se sente diminuído quando alguém aponta um erro. Pelo contrário, acha que é dever seu ouvir. E o cidadão que saiba do engano deve apontá-lo, a partir do pressuposto da boa-fé recíproca. Tanto uns quanto outros deverão estar movidos pela boa-fé: governo e os que criticam", disse FHC.
Na cerimônia, na área externa do Palácio da Alvorada, o presidente entregou o prêmio a quatro entidades não-governamentais e a quatro integrantes da sociedade civil. Os prêmios foram patrocinados pela iniciativa privada.
Na categoria livre, o primeiro colocado foi o cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Paulo Evaristo Arns, com prêmio de R$ 20 mil. D. Paulo foi homenageado ontem com uma sessão solene na Câmara dos Deputados. Neste ano ele completa 50 anos de sacerdócio e 25 anos de atuação episcopal.
Em segundo lugar na categoria livre foi escolhido o jornalista Gilberto Dimenstein, correspondente da Folha em Nova York, que recebeu R$ 10 mil.
Na categoria ONGs (Organizações Não-Governamentais), em primeiro lugar ficou o Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, com R$ 30 mil. Na segunda colocação ficou a Casa da Paz de Vigário Geral, presidida pelo sociólogo Caio Ferraz, que recebeu R$ 25 mil.
Em discurso, d. Paulo lembrou o passado do presidente e sua meta de governo.
"Meu querido professor Fernando Henrique Cardoso, aquilo que o Senhor ensinou está sendo realizado no dia de hoje", disse ele.

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