São Paulo, quarta-feira, 6 de dezembro de 1995
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Comissão acusa PFs de ligação com o bicho

DA SUCURSAL DO RIO

A Procuradoria da República resolveu anexar à ação penal movida contra policiais federais e bicheiros do Rio, na 13ª Vara Federal, o processo disciplinar concluído na última sexta-feira por uma comissão de três policiais federais vindos de Brasília.
A comissão disciplinar concluiu pela responsabilidade de oito policiais federais -entre eles o ex-superintendente da PF Édson Antonio de Oliveira.
Os nomes dos policiais estavam numa lista de propinas encontradas na "fortaleza" do bicheiro Castor de Andrade, "estourada" em março de 1994.
Demissão
O procurador Arthur Gueiros, um dos quatro responsáveis pela denúncia, disse que o processo disciplinar já serve de base para demissão dos policiais.
Ele elogiou o trabalho da comissão e disse que o documento é importante não só para a Justiça Federal, mas também auxiliará a Justiça do Rio no julgamento dos bicheiros.
Para Gueiros, ficou demonstrada a corrupção passiva de delegados, peritos e agentes no caso das propinas.
O ex-superintendente Édson Oliveira disse que, no âmbito da Polícia Federal, tem até o próximo dia 25 para contestar o resultado do processo.
Oliveira preferiu não adiantar qual será o argumento de sua defesa. Disse apenas que mostrará que alguns dados não foram levados em consideração na elaboração do processo.
O documento da comissão disciplinar da PF, segundo Oliveira, ainda não representa a demissão dos acusados.
Presidente
Antes disso, várias instâncias dentro da PF deverão analisar o processo até chegar ao presidente da República, que determina a demissão do funcionário.
Oliveira deverá voltar à 13ª Vara Federal no mês de fevereiro, quando deverá haver uma nova audiência.
Ele disse que as denúncias de corrupção foram feitas para prejudicar sua campanha a deputado federal nas últimas eleições.

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