São Paulo, quarta-feira, 6 de dezembro de 1995
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"Diva" reivindica nada total

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

A TV aberta não está grande coisa. Nem por isso os canais por assinatura podem contar muita vantagem.
É verdade que o Telecine exibe "Scarface, a Vergonha de uma Nação" (15h), e que sempre é saudável rever este filme de tempos em tempos. Mas o filme já passa com certa regularidade.
"Diva, Paixão Proibida" (Fox, 23h), de Jean-Jacques Beineix, é uma das mais perfeitas ilustrações do vazio de certo cinema francês dos anos 80.
É como se o princípio fosse o seguinte: como todas as histórias já foram contadas, vamos fazer um mix de várias delas. Adiciona-se uma cantora lírica a um fã, uma violação a uma trama policial.
É uma versão delicada do vale-tudo: constrói-se sobre o fato de que a história poderia ser, a rigor, qualquer outra. A isso, acrescenta-se a idéia de que é preciso fazer "bem". Onde isso vai dar? No nada. "Diva" é a postulação do filme como insignificância.
(IA)

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