São Paulo, quarta-feira, 6 de dezembro de 1995
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Greve altera hábitos em Paris

VINICIUS TORRES FREIRE
DE PARIS

As duas semanas de greves provocaram uma queda de 40% no comércio parisiense, alteraram os hábitos da cidade e começaram a provocar desabastecimento.
O sistema metropolitano de transportes da Grande Paris faz diariamente 2 milhões de viagens -800 mil levam e trazem franceses de cidades vizinhas.
O governo colocou em operação sistemas alternativos de transporte: pelo rio Sena e com ônibus particulares, o que supre apenas 10% da demanda.
Na parada dos barcos de Châtelet (junto à estação central de metrô da cidade), os parisienses disputam a tapas lugares nos barcos -até então turísticos.
A média diária de congestionamentos tem sido de 450 km. As viagens para a periferia têm demorado cinco vezes mais.
Empresas têm registrado 30%, em média, de faltas. Os funcionários que chegam estão atrasados duas horas e têm de sair mais cedo para conseguir voltar para casa.
Médicos e enfermeiros dormem nos hospitais. Hotéis reduziram em 50% o preço dos quartos para hospedar os "sem-metrô".
Faltam cartões telefônicos e em alguns postos não há gasolina. Nos supermercados há filas de pessoas com carrinhos lotados, temerosas com o destino da greve.
(VTF)

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