São Paulo, quarta-feira, 6 de dezembro de 1995
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'Libération' deixa de circular

DE PARIS

O "Libération" não circulou ontem por causa de uma greve de funcionários. Os profissionais protestam contra o plano de reestruturação do jornal, que teve prejuízo de US$ 22,4 milhões em 1994.
A direção da empresa editora quer demitir 95 dos 390 funcionários, a maioria deles jornalistas. Faz parte do plano vender parte da empresa a um grupo industrial.
Segundo a direção do jornal, há uma estrutura para produzir edições de 80 páginas. O jornal tem saído, em média, com 48 páginas.
Os jornalistas perderiam o controle acionário do "Libé", o que, segundo eles, reduziria a independência do jornal, considerado um dos mais prestigiosos da França.
A direção disse ontem que mantém o projeto de reestruturação. O diretor-adjunto da redação, Dominique Pouchin, pediu demissão.
Em outubro, o diretor do jornal, Serge July, enviou uma nota aos jornalistas alertando-os sobre a situação crítica da empresa.
"Pela primeira vez desde 1981 a existência do 'Libération' está em perigo", escreveu. O jornal, um dos três mais prestigiosos do país, prevê um prejuízo de US$ 22,4 milhões em 1995, para um faturamento de US$ 81,6 milhões.
O "Libération" (180 mil exemplares por dia) mudou o desenho de suas páginas em 1994.

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