São Paulo, sexta-feira, 8 de dezembro de 1995
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Morre o jornalista James Reston aos 86

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

James Reston, um dos mais influentes jornalistas americanos do século, morreu ontem de câncer, em Washington, aos 86 anos.
Durante 50 anos ele trabalhou para o jornal "The New York Times": do primeiro dia da Segunda Guerra, em 1º de setembro de 1939, ao seu aniversário de 80 anos, em 3 de novembro de 1989.
Reston foi correspondente em Londres, setorista no Departamento de Estado, diretor da sucursal de Washington, editor-executivo e colunista.
Como editor-executivo do "Times", Reston criou uma página de artigos ao lado da página de editoriais, conhecida como "op-ed", fórmula depois adotada por outros jornais nos EUA e no mundo.
Nascido na Escócia, Reston emigrou para os EUA com a família aos 11 anos. Formou-se pela Universidade de Illinois em 1932 e começou a trabalhar como jornalista no mesmo ano no "Springfield Daily News", em Ohio.
Começou a colaborar com o "Times" desde quando começou a Segunda Guerra. Embora tenha recebido diversas propostas para mudar de jornal, inclusive duas do "The Washington Post", preferiu nunca deixar o "Times".
Foi ele quem contratou para o "Times" alguns dos seus mais famosos nomes: Tom Wicker, Anthony Lewis e Russell Baker, entre outros.
Ganhou o Prêmio Pulitzer, a maior honraria concedida a um jornalista nos EUA, em 1944 e em 1956. Seu estilo era sóbrio e clássico. Foi casado por 60 anos com Sarah Fulton. Teve três filhos e cinco netos. Os amigos o chamavam de "Scotty", por causa de sua nacionalidade.

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