São Paulo, domingo, 10 de dezembro de 1995
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Abismo salarial joga vaga hoje

ARNALDO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Santos e Fluminense decidem hoje, às 19h, no Pacaembu, uma vaga na decisão do Campeonato Brasileiro sob circunstâncias completamente diferentes.
As diretorias dos clubes adotaram estratégias antagônicas durante a competição.
O Santos partiu para a política "pés-no-chão". Administra uma folha de pagamento de R$ 300 mil mensais, incluindo todos os funcionários do clube -R$ 220 mil, com os jogadores.
Já o Fluminense preferiu supervalorizar seus atletas e gasta só com eles, entre luvas e salários, quase R$ 600 mil mensais.
O maior destaque santista, o meia-atacante Giovanni recebe cerca de R$ 15 mil por mês.
A estrela do Fluminense, Renato Gaúcho, dono do passe, ganha quase R$ 140 mil mensais.
Hoje, em grande desvantagem em relação ao adversário, o Santos precisa vencer por três gols de diferença para conseguir a classificação à final do torneio.
Mesmo com a difícil tarefa, a diretoria não se arrepende da política de contenção de despesas.
"Assumimos o Santos com uma dívida de US$ 2 milhões e os talões de cheque bloqueados. Saneamos as dívidas, recuperamos a credibilidade e formamos um time", disse Samir Abdul-Hak.
Segundo o presidente, o clube vai continuar gastando, em 1996, "apenas aquilo que arrecada".
O Fluminense, inflacionado, deve quase US$ 1 milhão aos jogadores, entre salários e luvas atrasados e o prêmio pela conquista do título estadual de 95.

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Sobre o Brasileiro nas págs. 2 a 7

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