São Paulo, domingo, 10 de dezembro de 1995 |
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No calor da noite
INÁCIO ARAUJO Existem cenas diurnas em "Taxi Driver". Mas é a noite que domina. É quando o chofer de táxi Robert De Niro está em ação, quando toda a putrefação de Nova York vem à tona, quando as luzes permitem que a sordidez das almas se manifeste. Não é um filme otimista. Parece que vemos, ali, o pós-Vietnã manifestar-se não como decadência nacional, mas como débâcle das almas. É nesse ritmo crepuscular, com Robert De Niro no esplendor, que Scorsese conduz seu filme com a dor dos que sabem que Deus está morto, e o caminho da insanidade, aberto.(IA) TAXI DRIVER (Taxi Driver). EUA, 1976, 113 min. Direção: Martin Scorsese. Com Robert De Niro, Cybill Shepherd, Jodie Foster, Harvey Keitel. Na CNT/Gazeta. Texto Anterior: No limite da traição Próximo Texto: "Globo decepciona ao discutir Aids"; Entrevista da Globo com Madonna frustra Índice |
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