São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Swat no morro
NELSON DE SÁ
As redes nacionais já nem prestam atenção, mas o Rio estaria em "guerra" outra vez, na expressão do Aqui Agora, único que deu atenção, ontem, ao mais recente conflito entre traficantes. Um conflito que "já matou dez pessoas desde a semana passada". Um conflito que, com a cobertura da Telenotícias, um canal tipo CNN voltado para a América Latina, levou ao exterior mais uma boa quantidade de imagens para acabar com o verão, no Rio. Nos restos do conflito, uma curiosidade, talvez uma inovação. Além dos fuzis já tão conhecidos, segundo a CBN, foi recolhida desta vez uma "metralhadora .30, usada para derrubar aviões". E a polícia com a Swat. Por outro lado, traficantes de drogas estariam exigindo dos comerciantes, perto do Complexo do Alemão, "colaboração com o Natal dos homens que estão presos". Três lojas, uma delas uma casa do próprio Jóquei Clube, teriam sido queimadas pelos traficantes por não pagarem os R$ 400 exigidos. E a polícia com a Swat. Só um Mas nem tudo é má notícia. Por ironia, o pagamento dos resgates está acabando com o número de sequestrados no Rio. Segundo a Globo, "apenas uma pessoa está em poder de sequestradores no Rio". E mais, sem qualquer ironia, foi reaberta a Casa da Paz, na favela de Vigário Geral. Contudo, sem o seu criador, Caio Ferraz, que quer deixar o país por conta de "constantes pressões feitas pela polícia", segundo a TVE. A Casa da Paz foi criada no exato local em que morreram nove pessoas da mesma família, na chacina de Vigário Geral, há dois anos. E não, os 30 policiais envolvidos ainda não foram julgados. Maldade Na confusão, o infartado Sérgio Motta ainda encontra uma piada, na Cultura: - Jornalista vive mal, porque só pensa maldade. Texto Anterior: Mulher diz que Gandra 'não entende de Sivam' Próximo Texto: FHC cumpre papel de chanceler na China Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |