São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 1995
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Estudante negava namoro

DA REPORTAGEM LOCAL

A estudante Renata Cristina Francisco Alves, 20, era a mais velha de três irmãs, filha do empresário Roberto Francisco Alves, dono da construtora Francisco Alves, que tem obras na zona leste de São Paulo.
Ela cursava o 3º ano de engenharia mecatrônica na Escola Politécnica, na mesma turma de Christian Hartmann, com quem tivera um breve romance no ano passado.
Segundo os colegas de classe, os dois andavam sempre juntos desde o início do curso. Christian dizia aos amigos que a namorava, mas ela negava. Christian teria chegado a frequentar a casa de Renata, segundo o tio da garota, Antônio Francisco Alves.
Há cerca de seis meses, ela iniciou um namoro com Winston Hooki Goldoni, aluno do 5º ano de engenharia mecatrônica e monitor do laboratório onde ela foi morta.
Há dois meses, Renata começou a receber ameaças de Christian, que não se conformava com seu namoro com Winston. Ele telefonava para a casa dela e a seguia na faculdade. Por isso, acabaram se afastando.
"Ele queria sempre estar com ela. O Christian sempre a acompanhava em qualquer lugar", disse o estudante Tiago Amaral, 20, do 3º ano de mecatrônica.
Renata era uma das quatro mulheres em uma classe de 60 pessoas. Na descrição dos colegas, ela era calada e estudiosa. Sua média nos cinco primeiros semestre -6,23- era considerada boa pelos professores da Poli.
Renata era estagiária do laboratório de automação industrial (CIS-Poli), onde foi morta ontem.
No vestibular para engenharia, prestado em 1993, ela foi a 20ª colocada, entre os 720 alunos aprovados. No mesmo ano ela foi aprovada em outro vestibular para medicina, mas acabou optando por cursar mecatrônica.

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