São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 1995 |
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Arma apresentada pelo Gate não causou morte
CRISPIM ALVES
Nascimento morreu no dia 8 de novembro, quando o Gate invadiu o barracão onde 2 ladrões mantinham 18 operários como reféns. A ação terminou com a morte de dois reféns e dos dois ladrões. No crânio de Nascimento, segundo o IC (Instituto de Criminalística), foi encontrada uma bala 9 mm disparada por uma submetralhadora HK, usada pelos PMs. Na época, o Gate enviou duas submetralhadoras para perícia. O IC constatou que a bala não foi disparada por nenhuma das armas. Um novo lote, com cinco submetralhadoras HK foi enviado para o IC. O resultado foi negativo. "Não vou requisitar mais armas para análises. A responsabilidade é deles (policiais do Gate)", disse Roberto Julião, delegado do 34º DP. Nenhum responsável pelo Gate foi encontrado ontem. O tenente-coronel Élzio Nagalli, subdiretor de comunicação da PM, esteve fora o dia todo. A Secretaria da Segurança informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai interferir no andamento do inquérito. Hoje à tarde, será feita uma reconstituição da operação do Gate. Segundo o IC, um PM também teria matado o outro refém. O tenente-coronel José Carlos Bononi, comandante do 3º Batalhão de Choque da PM, foi ouvido ontem pelo coronel Marcio Benincasa e pelo promotor Luiz Roque Lombardo Barbosa. O objetivo era descobrir qual foi a participação de Bononi na ação do Gate, uma vez que ele era a autoridade máxima presente no local. Bononi não falou com a imprensa após seu depoimento. Texto Anterior: Polícia mata dois presos durante fuga Próximo Texto: Reaberta a Casa da Paz em Vigário Geral Índice |
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