São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 1995 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Reaberta a Casa da Paz em Vigário Geral
DA SUCURSAL DO RIO A Casa da Paz, entidade de assistência a crianças e adolescentes da favela de Vigário Geral (zona norte do Rio), foi reaberta na manhã de ontem, com nova direção, depois de permanecer 15 dias fechada.A Casa da Paz foi fechada depois que seu coordenador-geral, o sociólogo Caio Ferraz, deixou o cargo, dizendo que vinha recebendo ameaças de morte. Ferraz está fora do Rio. Ele está tentando conseguir uma bolsa de estudos para fazer um curso no exterior. A entidade foi criada em 1993, após a chacina de 21 moradores da favela. Durante pelo menos duas semanas, quando será indicado o novo coordenador-geral, a Casa da Paz terá uma diretoria provisória formada por três pessoas: o advogado Cid Fernandes, 33, o artista plástico João Duarte e outra pessoa ainda não definida. Segundo Fernandes, a substituição de Caio Ferraz não causará mudanças na filosofia de trabalho da Casa da Paz. "Ele continuará sendo o mentor intelectual da Casa", afirmou o advogado. Ainda que a filosofia continue a mesma, o advogado disse que deverá mudar a forma de trabalho. "Mudam as pessoas e cada qual tem sua forma de trabalhar", acrescentou. Fernandes não acredita que as ameaças a Caio Ferraz venham prejudicar o trabalho da entidade. "As ameaças estão direcionadas à pessoa do Caio e não à instituição." O advogado disse que o objetivo, a partir de agora, é "despersonalizar" a Casa, que antes estava centrada no nome de uma pessoa. O trabalho da Casa da Paz beneficia cerca de 800 pessoas da favela com cursos profissionalizantes, de artes e esportes. Oferece ainda biblioteca e tem um serviço de atendimento a deficientes físicos. Texto Anterior: Arma apresentada pelo Gate não causou morte Próximo Texto: Polícia segue pista de assassino de brasileira Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |