São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 1995
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Motorola fará complexo industrial em SP

ELVIRA LOBATO
DA REPORTAGEM LOCAL

A norte-americana Motorola, uma das maiores indústrias de produtos de telecomunicação do mundo -65 fábricas, faturamento anual de US$ 22 bilhões e 140 mil funcionários- anunciou a decisão de construir um complexo industrial em São Paulo, na cidade de Jaguariúna (a 120 km da capital).
A decisão da Motorola foi anunciada pelo governador Mário Covas, no Palácio dos Bandeirantes, com a presença do ministro das Comunicações, Sérgio Motta.
A empresa não falou em valores de investimento, mas informou que, dependendo da evolução do mercado, poderá instalar de 17 a 20 fábricas, cada uma envolvendo cerca de US$ 30 milhões.
A empresa quer montar um grande campus e construir unidades específicas para cada tipo de produto. A primeira fábrica, provavelmente de telefones celulares, será anunciada no início de 96.
Segundo Flávio Grynzpan, diretor da Motorola no Brasil, será construído um centro tecnológico para desenvolvimento de software (programas para computador), que empregará 350 profissionais com curso de mestrado e 150 com título de doutorado.
O terreno adquirido pela empresa em Jaguariúna, segundo Covas, tem 1 milhão de m2 e tem área semelhante à da sede do grupo, em Chicago (EUA).
Jaguariúna, diz Grynzpan, foi escolhida por estar perto do maior centro consumidor do país, da USP (Universidade de São Paulo), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Telebrás, também em Campinas.
Parviz Mokhtari, vice-presidente corporativo e diretor da Motorola para a América do Sul, participou do evento.
O prefeito de Jaguariúna, Laércio Gothardo, disse que a Motorola terá isenção do Imposto Predial Territorial Urbano por dez anos.

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