São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Materiais para construção vendem 10% menos em 95

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

As altas taxas de juros cobradas pelas financeiras -até 12% ao mês- estão inviabilizando a compra de materiais de construção.
"Este é o pior ano do setor", diz Cláudio Elias Conz, presidente da Anamaco (associação nacional dos comerciantes do setor).
Neste ano, as lojas vão faturar 10% menos do que no ano passado. A queda é de US$ 20 bilhões para US$ 18 bilhões, no período.
Neste mês, a receita deverá ser 15% menor do que a de dezembro do ano passado, afirma ele.
Para Conz, o que também desamina o consumidor a reformar a casa é o preço da mão-de-obra. "Qualquer trabalho custa cerca de R$ 600 a R$ 700."
O presidente da Anamaco diz que 10 mil lojas do setor fecharam no país ao longo de 95 e o número de empregados caiu de 1,9 milhão para 1,72 milhão.
Neste ano, "quem está se saindo melhor são as lojas que comercializam cimento, areia e tijolo, especialmente na periferia", diz Conz, também diretor da Cinco.
Ele vê 1996 com mais otimismo porque a Caixa Econômica Federal deu sinais de que pode liberar R$ 3 bilhões para reformas de casa, com juros de 12% ao ano.
"O potencial de consumo de materiais é enorme. Em menos de um mês 800 mil pessoas se inscreveram neste ano para ter crédito da CEF para reformar a casa."

Texto Anterior: Poços e a paixão de Vargas
Próximo Texto: Redes querem entrar no país
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.