São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 1995
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007, Stones, teste nuclear e Beatles são notícia ainda

RODRIGO BUENO; ANDRÉ FONTENELLE
DA REPORTAGEM LOCAL

Os dias de hoje têm em comum com a década de 60 mais que a decisão entre Botafogo e Santos.
Na música, dois grupos ingleses, os Beatles e os Rolling Stones, dominavam o mercado mundial do rock nos anos 60.
Os dois conjuntos continuam sendo hoje sinônimo de sucesso e mantêm intacto o prestígio conquistado no passado.
"Free As a Bird", canção dos Beatles recém-lançada e que conta com a voz de John Lennon -na última sexta-feira completaram-se 15 anos de sua morte-, vem impulsionando a nova febre pelo conjunto de Liverpool.
Os Beatles protagonizam até um documentário que está sendo exibido pela Rede Globo, em cinco capítulos, esta semana.
Já os Rolling Stones, que estiveram no Brasil no início deste ano, continuam sendo um dos grupos mais requisitados para shows.
"Like a Rolling Stone" é o novo sucesso da banda de Mick Jagger e uma das músicas mais executadas hoje nas rádios.
Ainda na música, chegou às lojas em setembro um álbum sobre os 30 anos da Jovem Guarda.
No cinema, os filmes de James Bond, o 007, retratavam nos anos 60 a alta espionagem, uma característica da Guerra Fria, entre os EUA e a ex-União Soviética.
Na última sexta-feira, estreou nos cinemas brasileiros o filme "007 contra Goldeneye", a mais nova aventura do espião britânico, só que, em vez de Sean Connery, 007 é vivido por Pierce Brosnan.
O filme vencedor do Oscar deste ano, "Forrest Gump", narra a trajetória do personagem-título em alguns dos marcos dos anos 60, como a Guerra do Vietnã, a revolução sexual, o uso de drogas etc.
A década de 60 também foi marcada pela conquista do espaço, com a chegada do homem à Lua.
Depois de muito tempo e no embalo do filme "Apollo 13", voltou-se a falar em viagens tripuladas, só que, desta vez, a Marte.
Na moda, o símbolo sexual dos anos 60, Brigitte Bardot, serve de inspiração para modelos contemporâneas, como Claudia Schiffer.
Os temas da atualidade internacional também se assemelham com os dos anos 60. A França ocupava as manchetes com problemas internos e externos.
O governo argelino protestava contra os testes nucleares franceses no deserto do Saara. O presidente Charles de Gaulle enfrentava greves que paralisaram Paris.
Hoje, a história se repete, mas os testes nucleares franceses são mais distantes -em atóis do Pacífico- e quem enfrenta as greves é o presidente Jacques Chirac.
(RBu e AFt)

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