São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 1995
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Vídeo e artes plásticas se unem

EVA JOORY
DA REPORTAGEM LOCAL

O videomaker e responsável pelo núcleo de vídeo da Casa das Rosas, Lucas Bambozzi, acredita que a exposição busca também uma reaproximação do vídeo com as artes plásticas: "Depois dos anos 80, o vídeo começou a não mais despertar interesse nas pessoas. O formato, muito parecido com o do cinema, mas sem os mesmos artifícios, ficou gasto. O vídeo formal e conceitual não encontra hoje a mesma ressonância numa sala escura", explica Bambozzi.
Os videomakers escolhidos -entre eles, Tadeu Jungle, Kiki Goifman e Walter Silveira-, representam cada um uma tendência. Eles terão seus vídeos exibidos em dois espaços distintos, o que permitirá ao espectador acompanhá-los junto com as instalações. Cada vídeo não tem mais de 15 minutos e a duração de cada sessão, tem entre 20 a 30 minutos.
Uma especialista em videoarte, Lucila Meirelles, convidou Aguilar, Sergio Rosenblit e Piche Matirani para seu "In Action". Para ela, Aguilar foi um dos pioneiros do videoarte nos anos 70: "Hoje não é reconhecido".
Meirelles achou a idéia da mostra democrática: "Você tem que pensar porque convidou e qual a unidade que você quer dar ao seu trabalho com isto". Ela afirma que "no Brasil ninguém vê o trabalho do outro": "O encontro de artistas aqui ainda é inédito, porque cada um vive em seu gueto. Nesta exposição há trabalhos de 30 videomakers e 40 artistas plásticos".

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