São Paulo, terça-feira, 12 de dezembro de 1995
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Soldados do Zimbábue sofrem cerco da Unita no norte de Angola

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Guerrilheiros da Unita atacaram e mantiveram sob sítio por algumas horas mais um grupo de soldados da ONU, no norte de Angola (sudoeste da África).
Os soldados são todos do Zimbábue (sul do continente).
A Unita (União Nacional pela Independência Total de Angola) combate o governo esquerdista do país e, na semana passada, reteve soldados brasileiros na cidade de Andulo (centro do país).
O incidente com os soldados do Zimbábue teria acontecido também na semana passada, segundo a agência oficial de notícias "Angop". Segundo ela, cerca de 12 soldados teriam sido mantidos como reféns por 12 horas. Seus veículos teriam sido tomados.
O general zimbabuano Phillip Sibanda protestou contra a ação dos guerrilheiros. Ele considera que o sequestro viola o acordo de Lusaka, firmado em novembro de 1994, que pôs fim à guerra civil.
A agência governamental de notícias não deu detalhes sobre os motivos que provocaram o incidente. No cerco aos brasileiros, os soldados da Unita alegaram que os militares haviam estuprado uma angolana.
A empresa Executive Outcomes, da África do Sul, anunciou que vai retirar seus "consultores militares" do Exército angolano.
Segundo a empresa, seus mercenários "ajudaram a resolver uma das mais sangrentas guerras civis da África".
Na sexta-feira, o presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, anunciou em Washington que cancelaria o contrato com a empresa.

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