São Paulo, quarta-feira, 13 de dezembro de 1995 |
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Malan anuncia acordo para o Banespa
DANIELA FALCÃO
A Folha apurou, porém, que ainda faltam detalhes técnicos para finalizar o acordo. Além disso, o governador Mário Covas (PSDB) terá que pedir autorização da Assembléia Legislativa para poder repassar a Fepasa ao governo federal para saldar parte da dívida do Estado com o Banespa. Malan não quis entrar em detalhes, mas afirmou que o acordo terá duas fases. A primeira etapa é imediata e envolve o refinanciamento da dívida de R$ 14 bilhoes que o Estado de São Paulo tem com o banco. Segundo Malan, o governo federal exigirá do governo paulista uma série de garantias para a renegociação da dívida. Entre elas, a venda de estatais paulistas. Na segunda fase, será criada uma companhia especial para cuidar do processo de privatização de empresas paulistas. Não há data marcada para esta etapa. Para o ministro, as negociações entre os governos federal e estadual avançaram muito com a nomeação de um representante do governo paulista para se dedicar exclusivamente ao caso. "Ficava muito difícil para o secretário da Fazenda de São Paulo ter que cuidar de todos seus afazeres e ainda negociar com o Banco Central. Com a nomeaçao de Adroaldo Moura da Silva, tudo ficou mais fácil", afirmou Malan. "A intervenção do Banespa foi uma das mais complicadas porque o maior credor do banco era o próprio Estado de São Paulo", disse Malan. Banerj O ministro também falou sobre o andamento das negociações para acabar com a intervenção do Banerj. Segundo Malan, o nome da empresa que foi escolhida para administrar o banco em 1996 será anunciado nas próximas semanas. O Banerj deverá privatizado em 1º de janeiro de 1997, após ter suas contas saneadas. Para o ministro, a solução encontrada para o banco foi "bastante criativa". Texto Anterior: Ruralista ameaça com fim de apoio a FHC Próximo Texto: Acerto passa por renegociação de dívida Índice |
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