São Paulo, quarta-feira, 13 de dezembro de 1995
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Mauch diz ter vontade de deixar o cargo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Principal alvo dos ataques pelo vazamento da pasta rosa, o diretor de Normas e Fiscalização do Banco Central, Cláudio Mauch, disse anteontem a subordinados seus que a situação faz com que tenha vontade de sair do governo.
O desabafo foi feito durante churrasco oferecido à noite por Mauch, a título de confraternização dos funcionários dos seis departamentos a ele vinculados. Não havia membros da cúpula do BC.
O local do encontro foi a agência do banco Meridional, instituição federal da qual Mauch foi diretor. Gaúcho, Mauch já preparou churrascos para a equipe econômica no mesmo lugar.
A seus funcionários, o diretor se disse chateado e cansado devido à crise instalada desde que veio a público a existência da pasta.
A comissão de sindicância do Banco Central que vai apurar a divulgação do conteúdo da pasta rosa foi instalada ontem. Durante toda a tarde, o presidente do BC, Gustavo Loyola, reuniu-se com os funcionários designados para investigar o vazamento da lista com os nomes de políticos financiados pelo banco Econômico em 90.
O relatório com as investigações deverá ser apresentado à presidência do BC no prazo de 15 dias, apontando se as informações saíram de dentro do BC ou não.

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