São Paulo, quarta-feira, 13 de dezembro de 1995 |
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Maciel recebe CUT e Força Sindical
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Força Sindical entregaram ontem, ao presidente interino Marco Maciel, as propostas das duas centrais para a reforma da Previdência. Maciel agradeceu o empenho, mas lamentou não haver mais prazo para novas discussões."Reabrir agora a discussão é muito complexo", disse Maciel, segundo sua assessoria. "Lamentavelmente, com tanto tempo que houve, não conversamos antes", completou. "Essa não foi uma resposta clara. A Força Sindical não sai satisfeita. Estão mexendo com coisa séria, isso é da maior gravidade", afirmou o presidente da entidade, Luiz Antônio Medeiros. O presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho -que entregou as propostas da entidade numa pasta cor-de-rosa, numa alusão à pasta com doações do banco Econômico a candidatos em 1990-, disse concordar com Medeiros. "Também queremos que a reforma melhore a Previdência. Não queremos apenas dizer não", afirmou. Medeiros disse ainda que desde o dia 12 de maio as propostas da Força Sindical foram protocoladas no Planalto e encaminhadas ao presidente Fernando Henrique Cardoso. A CUT disse que vem discutindo o assunto há vários meses. A idéia das duas centrais agora é fazer com que o Congresso adie a votação do assunto. Força Sindical e CUT disseram que não vão deixar que se aprove o fim da aposentadoria por tempo de serviço. "Temos que lutar, sim, é contra os privilégios", afirmou Vicentinho. Almoço Marco Maciel reuniu ontem os líderes dos partidos que apóiam o governo no Senado para discutir a pauta de votação para este mês. Entre as prioridades está a votação do FEF (Fundo de Estabilização Fiscal), que substituirá o FSE (Fundo Social de Emergência). A reunião, durante almoço no Alvorada, contou com o ministro José Serra (Planejamento) e o secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge. Maciel quer que sejam votados o projeto que regulamenta as patentes e as mudanças no Imposto de Renda. O almoço tratou ainda das reformas previdenciária e administrativa, que ainda não foram votadas. No início da manhã, Maciel discutiu os mesmos assuntos com o presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), e com o líder do governo no Congresso, Germano Rigotto(PMDB-RS). Texto Anterior: Previdência une adversários contra reforma Próximo Texto: PFL recebe adesões e ameaça PMDB Índice |
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