São Paulo, quarta-feira, 13 de dezembro de 1995 |
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Polícia sabia de ameaças contra aluna morta na Poli PATRICIA DECIA* PATRICIA DECIA; ROGÉRIO WASSERMANN
Um tio da estudante, Antônio Francisco Alves Jr., disse que a família não chegou a registrar boletim de ocorrência. "Fomos fazer uma consulta para saber se isso poderia ser coibido, mas não havia provas das ameaças e, por isso, a polícia não levou o caso à frente." O principal motivo do crime, segundo polícia e familiares, foi o ciúme de Christian, que era apaixonado por Renata. Os dois estudavam na mesma turma, de mecatrônica, e teriam tido um breve relacionamento há alguns meses. Atualmente, Renata namorava Winston, que foi atingido por três tiros, mas não corre risco de vida (leia texto ao lado). Segundo Alves, as ameaças a Renata começaram há seis meses. "Eles estavam em contato constantemente, na escola e por telefone. Numa desses vezes, ele a ameaçou de morte", disse. Ontem, a família de Christian negou que a arma usada pelo estudante seria de seu pai. A informação foi divulgada pelo delegado Bento da Cunha Jr., anteontem. Os pais do estudante afirmaram não saber onde ele conseguiu a arma. O corpo de Renata foi enterrado às 10h de ontem, no cemitério da Quarta Parada, no Brás (zona leste de SP), acompanhado por cerca de 150 pessoas. No enterro de Christian, duas horas antes, no cemitério da Paz, no Morumbi (zona oeste), havia cerca de 20 pessoas. Os pais do estudante não quiseram falar com a imprensa. O irmão de Christian chegou a ameaçar fotógrafos e cinegrafistas. Durante o enterro de Renata, sua mãe, Mara Francisco Alves, chorava e repetia a palavra "crueldade". "Minha filha era muito perfeita para viver neste mundo." Texto Anterior: 2 morrem em tentativa de assalto a depósito Próximo Texto: Casos são comuns, diz delegado Índice |
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