São Paulo, quarta-feira, 13 de dezembro de 1995 |
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Dentista se apresenta à polícia e confessa ter matado a ex-mulher
CLÁUDIA MATTOS
Medeiros se apresentou apresentou à 7ª DP, em Santa Teresa (centro), para prestar depoimento. Ele contou sua versão para o assassinato por mais de duas horas. Medeiros disse que chegou ao apartamento onde sua ex-mulher morava com os seus dois filhos, em Santa Teresa, às 7h de domingo. Segundo ele, foi recebido friamente, porque todos dormiam. Antes de deixar o apartamento pela primeira vez, ele chegou a brincar com o filho Márcio Luiz, 11. Às 10h30, foi beber em um bar. Quando voltou ao apartamento, Medeiros disse que estava embriagado e foi falar com a ex-mulher. Ele disse ter sempre duvidado de que um dos filhos fosse seu. Medeiros, então, teria perguntado a Maria Márcia se os filhos do casal eram realmente dele. Irritada, ela teria respondido: "Estou cansada dessa história, seu corno babaca", contou Medeiros. Ele disse que se sentiu ofendido e disparou quatro tiros contra Maria Márcia. Três atingiram sua cabeça, e um, a barriga. Seus filhos, embora não tenham testemunhado o momento do assassinato, estavam no apartamento nessa hora. Medeiros afirmou que, desde a separação do casal, ocorrida há três anos e meio, sentia muita falta do convívio com a família e que, por isso, teria também se mudado para Santa Teresa há seis meses. O dentista, que afirma não trabalhar há três anos e viver do dinheiro da venda de um apartamento que era de sua mãe, disse que após o crime foi para um hotel. Medeiros não foi preso porque já não havia mais flagrante (válido até 24 horas após o crime) nem fora decretada sua prisão preventiva. Até o fim da tarde de ontem, policiais da 7ª DP tentavam junto à Justiça a decretação da prisão. Texto Anterior: Inquérito apura lesão corporal Próximo Texto: Cinco são presos ao tentar invadir morro Índice |
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