São Paulo, quarta-feira, 13 de dezembro de 1995
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Botafogo encara final como duelo épico

MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

O Botafogo encara a decisão do Campeonato Brasileiro, contra o Santos, hoje, às 21h40, como uma batalha épica.
Jogadores buscam motivação no passado para prometer o primeiro título brasileiro à torcida.
"Vou me inspirar no Garrincha e oferecer um gol a ele", disse o atacante Túlio, hoje dono da mítica camisa sete de Garrincha.
"Túlio é igualzinho ao Pirilo", disse Nilton Santos, jogador do clube entre 1948 e 1964 e um dos maiores ídolos botafoguense.
Para ele, Túlio "reencarna" o centroavante que jogou no Botafogo no fim da década de 40.
"Logo na volta a General Severiano, podemos ser campeões", afirmou o presidente do clube, Carlos Augusto Montenegro.
Na semana passada, o Botafogo voltou ao local onde instalou sua sede em 1912 e saiu em 1977.
O clima é de excitação. Antes do treino de ontem, o meia-atacante Iranildo ganhou uma Brasília amarela de presente da diretoria.
O carro é citado na música "Pelados em Santos", do grupo Mamonas Assassinas, que tem Iranildo como um de seus fãs.
Mais de 22 mil ingressos dos 113 mil colocados à venda tinham sido vendidos até as 18h.
O prêmio pelo título é de US$ 800 mil para os jogadores dividirem.
Túlio completa hoje cem partidas pelo Botafogo, clube pelo qual já marcou 87 gols.
"No Maracanã, vou fazer o gol 'Papai Noel', meu presente de Natal para a torcida", prometeu.
"No domingo, farei o gol 'Peixe Morto"'. Peixe é o símbolo do Santos.
Túlio acha que as finais serão marcadas pelo confronto entre ele e Edinho, filho de Pelé. "É o filho do rei contra o rei da alegria."
O atacante busca de novo no passado inspiração para hoje. "Vou comemorar os gols dando um soco no ar, como Pelé fazia."
Integrantes da bateria "nota 10" da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel vão apoiar o Botafogo no Maracanã.

NA TV
Bandeirantes, Globo e Globosat/Sportv, ao vivo

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