São Paulo, quinta-feira, 14 de dezembro de 1995
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Peessedebista falta a sua filiação ao PMDB

RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PMDB deu ontem uma resposta pífia ao PFL e PSDB, em mais um "round" da disputa para ver quem cresce mais até amanhã, último dia para que os candidatos às eleições municipais de 96 troquem de partido.
O PMDB marcou solenidade para as 14h30, na liderança da Câmara, para receber duas filiações: do senador Ernandes Amorim (RO), que estava sem partido, e do deputado Emerson Olavo Pires (RO), até ontem filiado ao PSDB.
Na hora marcada, Pires acabou não aparecendo, sem dar qualquer justificativa ao líder na Câmara, Michel Temer (SP). "Deve ter havido algum probleminha, que depois eu explico", disse um constrangido Temer.
No gabinete de Pires, a informação era de que ele não havia comparecido à solenidade porque estava envolvido com a instalação de uma comissão que analisaria proposta de emenda constitucional (sobre voto facultativo), da qual seria o relator. Seus assessores afirmavam que ele assinará a ficha de filiação hoje.
Senador polêmico, Amorim acabou sendo o único motivo da reunião no gabinete de Temer. Sua filiação não atraiu muitos colegas, como é praxe nestas ocasiões.
Amorim começou seu mandato sob acusações de envolvimento com narcotráfico e contrabando de minérios. Denunciado pela própria ex-mulher, Hélia Santana, Ernandes Amorim acabou sendo inocentado pelo Senado e ficou livre da ameaça de ser processado por falta de decoro parlamentar.

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