São Paulo, quinta-feira, 14 de dezembro de 1995 |
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Especialistas querem que governador vete projeto
DA REPORTAGEM LOCAL O consultor Luiz Célio Bottura, do Instituto de Engenharia, disse que usará o peso da instituição a que é ligado para solicitar ao governador Mário Covas (PSDB) que vete o projeto que derruba a "lei seca"."Acho esse projeto um retrocesso. Só beneficia interesses econômicos", afirmou Bottura. Uma das formas de melhorar o desempenho dos motoristas, segundo Bottura, é impedir que eles dirijam depois de consumir álcool. Adauto Martinez Filho, do Instituto Nacional de Segurança no Tráfego, também classificou o fim da "lei seca" como um retrocesso. "Que existe relação entre consumo de álcool e acidente não há a menor dúvida", afirmou Martinez. "No Brasil, não dá para quantificar isso. Mas, na cidade de São Paulo, a incidência de acidentes nos fins-de-semana aumenta. É um indício do peso do álcool", disse. A pesquisadora do Instituto Adolfo Lutz, Elza Gastaldo Badolato, disse que o fim da "lei seca" em um país que é campeão de acidentes de trânsito não tem sentido. "Se eu pudesse, recomendaria ao governador que vetasse a lei", disse Elza. Segundo o capitão Douglas Ferreira Migliaccio de Ávila, da Polícia Rodoviária, houve uma contenção no número de acidentes se for levado em consideração que a quantidade de veículos nas estradas aumentou muito mais do que as ocorrências. Texto Anterior: Assembléia libera cerveja em estrada Próximo Texto: Túnel Ayrton Senna é pichado pela 1ª vez Índice |
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