São Paulo, quinta-feira, 14 de dezembro de 1995 |
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Festival explora MPB instrumental
SYLVIA COLOMBO
O projeto, que existe desde 93, leva o trabalho de artistas em miniturnês pelo país. Já foram feitos 160 shows e gravados 11 CDs. A produção musical é do compositor André Geraissati. "Nosso critério para chamar os músicos é simplesmente o de fazer boa música instrumental brasileira e popular." O festival reúne grupos relativamente novos, como o Art Brasil da Paraíba, que mistura frevo com outros ritmos nordestinos, e outros tradicionais, como o Época de Ouro, grupo de choro que tocou com Pixinguinha. Na seção choro o festival traz também Altamiro Carrilho, que mais gravou dentro do gênero (mais de 70 álbuns) e Armandinho, um dos que o eletrificaram. Egberto Gismonti e Hermeto Pascoal vem mostrar os sons brasileiros que eles estão acostumados a gravar e tocar no exterior. A mistura de gêneros é outro ponto marcante. Paulo Moura e Wagner Tiso mesclam o jazz com regionalismo. O acordeonista Dominguinhos mostra o baião e suas diferentes fusões. E já que o tom é popular, o pianista Arthur Moreira Lima faz uma seleção de clássicos do piano popular brasileiro, interpretando Villa-Lobos, Ernesto Nazareth e outros compositores. A bossa nova está presente, como referencial do Zimbo Trio e do gaitista Maurício Einhorn. "O importante é que todos se encontrem de novo, depois da maratona de shows, e ver o que é possível fazer, junto ou separado. Os shows terão algumas jams inevitáveis", diz Geraissati. O projeto vai levar estes músicos, em pequenos grupos, para tocarem pelas universidades do país. "Outra intenção é fazer programas para levar a música instrumental até o público adolescente, através das escolas", diz. Os shows serão gravados pela TV israelense. "O Oriente é a nossa próxima parada, por isso já estamos tentando conquistar o público." Em março, o projeto viaja para Israel. Shows: Festival Banco do Brasil Com: Egberto Gismonti, Maurício Einhorn, Arthur Moreira Lima, Marco Pereira, Altamiro Carrilho e outros Onde: Tom Brasil (r. das Olimpíadas, 66, tel. 011/820-2326) Quando: de sexta a domingo (programas diferentes) Quanto: de R$ 20 a R$ 40 Texto Anterior: Parlapatões fazem de Brincante seu picadeiro Índice |
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