São Paulo, quinta-feira, 14 de dezembro de 1995
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Anistia ataca condenação

OTÁVIO DIAS
DE LONDRES

A Anistia Internacional, maior entidade de defesa de direitos humanos do mundo, divulgou ontem, em sua sede em Londres, uma carta de protesto contra a condenação do dissidente político chinês Wei Jingsheng.
"O veredicto de hoje e a severa sentença mostram a determinação das autoridades em silenciar Wei Jingsheng por um longo tempo e em intimidar outros críticos potenciais", afirmou a Anistia.
Segundo a Anistia Internacional, nos primeiros seis meses de 1995 pelo menos 1.147 pessoas foram executadas na China. No mesmo período, 800 pessoas foram condenadas à morte.
Segundo estimativas da entidade, há de 5.000 a 6.000 prisioneiros políticos e cerca de 2.000 prisioneiros de consciência na China. No ano passado, 2.780 pessoas teriam sido executadas no país.
"Os números, no entanto, podem ser duas ou até três vezes maior", disse à Folha o assessor de imprensa para Ásia da Anistia Internacional, Casey Kelso. "Não há números oficiais", afirmou.
Segundo ele, as estimativas têm como base informações obtidas junto a diversas fontes, como jornais e grupos de direitos humanos locais ou baseados na colônia britânica de Hong Kong.

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