São Paulo, quinta-feira, 14 de dezembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ocidente 'desaparece' em Kathmandu

IGOR GIELOW; LUIZ HENRIQUE RIVOIRO

Melhor época para visitar o Nepal é entre outubro e dezembro; viagem a partir de São Paulo leva 24 horas
No Nepal e do enviado especial
Antes de enfrentar 24 horas dentro de um avião rumo ao Nepal é preciso escolher as datas da viagem. Pela ordem, de outubro a dezembro e de março a maio são as melhores épocas.
De janeiro a março, o inverno é rigoroso e, de junho a setembro, as chuvas quase ininterruptas tornam alguns locais inacessíveis.
O percurso do Brasil para Kathmandu passa por uma escala européia e outra asiática -Karachi (Paquistão) ou Nova Déli (Índia).
Se for diurna e se você ocupar um lugar junto à janela, a viagem tem como consolo a vista desértica do Irã e suas montanhas nevadas. Mas isso é só na metade do caminho entre a Europa e o Nepal.
Após dez minutos no país e depois de ultrapassar os burocratas do aeroporto, o tormento acaba. Vem o deslumbramento pela constatação de um mundo diferente.
A começar pela saída do aeroporto, mal-equipado e sem agências de aluguel de carros ou caixas eletrônicos. Uma multidão de taxistas e donos de vans cerca o turista. Até o centro, o valor razoável é cerca de 200 rúpias (US$ 4).
Rumo à cidade, um campo de golfe e a mão britânica (os veículos trafegam pela esquerda) dão a falsa impressão de que o Ocidente descaracterizou totalmente o país.
Nota-se o engano ao atravessar a ponte sobre o rio Bagmati e experimentar o trânsito da cidade. O caos e a falta de referenciais básicos, como nomes de ruas, levam o neófito ao desespero.
Depois de instalado, chega a hora de enfrentar as ruas. Elas são seguras e, com um ou dois dias, de localização acessível. Alguns pontos podem servir de referência: a Durbar Square, praça onde ficam os maiores templos e palácios e a Freak street, antigo pólo de atração para hippies que buscavam a vida lisérgica permitida até 1977.

Texto Anterior: Pokhara é 'hotel 5 estrelas' pós-trekking
Próximo Texto: Trânsito prova teoria do caos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.