São Paulo, quinta-feira, 14 de dezembro de 1995
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Patan e Bhaktapur são guardiãs do tempo

IGOR GIELOW; LUIZ HENRIQUE RIVOIRO

Cidades abrigam construções históricas, palácios, vendedores ambulantes e um templo dedicado a mil budas
No Nepal e do enviado especial
Próximo a Kathmandu é possível conhecer, sem perder muito tempo nas estradas, duas ex-cidades-Estado (Patan e Bhaktapur) e Nagarkot, de onde se tem uma bela panorâmica do Himalaia.
Patan, segunda maior cidade do país, é separada da capital apenas pelo rio Bagmati. A cidade foi sede da dinastia Malla e também possui sua Durbar Square com palácio (agora museu) e diversos templos. Um deles, o de Jagannarayan, tem a fachada ornada com figuras representando posições eróticas do Kama Sutra.
O local reúne diversos ambulantes e artesãos e os preços são mais baixos que os de Kathmandu. A sudoeste da praça central está o Mahabouddha Temple (Templo dos Mil Budas). Todo em terracota, o monumento erguido em 1585 é talhado com pequenas representações de buda. Do lado oposto da Durbar Square, fica o Golden Temple, construído em 1409.
No mesmo local está um templo de orações budistas. Usada como locação para o filme "O Pequeno Buda", de Bernardo Bertolucci, Bhaktapur foi a capital do vale de Kathmandu nos séculos 14 a 16.
A cidade é fechada e é preciso pagar uma taxa de US$ 0,50 para entrar. Vale a pena. Sua Durbar Square é rica, com estátuas douradas suspensas de buda.
Diferente das cidade históricas, Nagarkot, a 30 km e 1h de carro de Kathmandu, é uma vila turística. Do alto de seus 2.500 m é possível avistar, ao amanhecer ou ao entardecer, as montanhas de Machhapuchhare (7.059 m), Annapurna 1 (8.090 m), Ganesh Himal (7.406 m) e o próprio Everest (8.848 m).
(IG e LHR)

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