São Paulo, quinta-feira, 14 de dezembro de 1995
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Estradas são emocionantes como trekkings

IGOR GIELOW; LUIZ HENRIQUE RIVOIRO

No Nepal e do enviado especial
Rodar pelas estradas próximas à capital Kathmandu é uma tarefa difícil e por vezes perigosa, mas excitante.
As estradas são estreitas, o asfalto é de péssima qualidade, os buracos -às vezes crateras- estão por todos os lados, o tráfego é intenso e milhares de pessoas caminham sem se importar muito com a própria segurança.
A idéia de alugar um carro ou moto na capital para fazer passeios por conta própria deve ser descartada logo de cara. O melhor é pegar uma van de alguma agência de turismo, um ônibus ou táxi. Neste último caso, sempre é bom combinar o preço da corrida antes, já que os taxímetros não funcionam.
Na estrada, a ordem é buzinar. Todos obedecem. O volume de caminhões e ônibus é grande e cada ultrapassagem é sempre precedida de um sonora buzinada.
Outro problema são as multidões que se movimentam incessantemente pela lateral da pista, complicação ampliada pela inexistência de acostamento.
Nessas estradas também é muito comum encontrar caminhões estacionados no meio da pista e o trânsito totalmente engarrafado simplesmente porque o motorista resolveu parar para urinar ou lavar sua roupa.
Ainda assim, ninguém reclama ou briga. Não há Polícia Rodoviária. Normalmente os motoristas buzinam, esperam e então seguem viagem. É uma situação institucionalizada e a buzina é o acessório mais importante do veículo.
(IG e LHR)

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