São Paulo, quinta-feira, 14 de dezembro de 1995
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Alimentação é gostosa, barata e 'perigosa'

IGOR GIELOW; LUIZ HENRIQUE RIVOIRO

Turista desavisado deve tomar cuidado com o forte tempero indiano e tibetano dos restaurantes nepaleses
No Nepal e do enviado especial
Comer, assim como quase tudo no Nepal, é uma aventura. A culinária, de forte acento indiano, pode se tornar uma armadilha para o sistema digestivo.
Nas cidades maiores, como Kathmandu e Pokhara, é possível degustar o melhor da comida do Sudeste Asiático -sim, porque a culinária nepalesa se resume a um prato, o dal-bath, que é comido religiosamente às 10h e às 16h.
O prato é constituído por um monte de arroz ao estilo oriental (ou seja, "papa) coberto por uma porção generosa de couve cozida. Por cima de tudo, o dal, um creme de lentilhas com temperos e curry, de cor amarela.
Os nepaleses acompanham o prato com uma pimenta tipo dedo-de-moça inteira. O dal-bath é gostoso e barato (sai por cerca de US$ 1,5), mas pode causar estragos a estômagos mais sensíveis.
Os restaurantes nas cidades trazem menus ocidentais a preços que podem chegar a "caríssimos US$ 3. Duas boas opções são o Green Leaves e o Helena's, no Thamel, onde também é possível tomar um excelente café da manhã a US$ 1,5. Há também "mecas de comida para o turista menos disposto (leia texto abaixo).
A carne, que só pode ser de búfalo porque as vacas não podem ser mortas por lei e geralmente vêm de matadouros clandestinos ou contrabandeada da Índia, deve ser evitada. Em trilhas e em restaurantes tibetanos verdadeiros (como o Yak, no Thamel, em Kathmandu) é possível experimentar a carne de iaque. Do bicho, vale a pena provar o queijo forte.
Os bares, assim como tudo nas cidades, fecham às 22h por imposição do rei. Ainda assim, a rede Maia Pub, com dois bares em Kathmandu e um em Pokhara, é das mais badaladas.
A bebida oficial e segura é a cerveja. Marcas européias como Tuborg e Carlsberg têm cervejarias locais. Entre as nativas, a Star Beer e a Tiger são as mais populares. O preço é maior que o de uma refeição: de US$ 2 a US$ 4.
(Igor Gielow e Luiz Henrique Rivoiro)

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