São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 1995
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Regime não aceita oposição

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

No poder desde 1949, o Partido Comunista chinês não admite oposição, imprensa livre ou liberdade de expressão. O regime se apóia num forte aparato de segurança, empenhado em reprimir "atividades contra-revolucionárias", ou seja, de contestação.
Não há dados confiáveis sobre o número de presos políticos na China. Existem estimativas que variam entre 200 e 1.200. Alguns dissidentes são classificados de "criminosos comuns".
O principal desafio ao reinado do PC ocorreu em 1989, quando o movimento estudantil tomou a praça Tiananmen (Paz Celestial), centro de Pequim. O governo reprimiu o movimento com violência e deixou centenas de mortos.
Os teóricos do PC argumentam que democracia de estilo ocidental não se encaixa com as tradições históricas da China, marcada pelo autoritarismo dos imperadores. Outros argumentos para rejeitar abertura política são "baixo nível educacional da população" e necessidade de controle para manter a unidade territorial do país.
A China conta com um sistema de campos de trabalhos forçados, chamados de "campos de reeducação" pelo governo. Geralmente ficam nas regiões mais remotas do país, e os presos costumam enfrentar condições precárias.
Entidades pró-direitos humanos, como a Anistia Internacional, de Londres, promovem campanhas contra a pena de morte na China. O sistema chinês prevê um tiro na nuca, e a família do executado deve pagar o custo da bala.
O regime comunista também limitou a liberdade religiosa na China, embora nos últimos anos haja maior tolerância.

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