São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 1995 |
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Rio é uma área de guerrilha, diz secretário
AZIZ FILHO
"Áreas verdes não temos. Você não anda tranquilamente por nenhuma área do Rio. Nem na Cinelândia, que tem pivetes, nem nas praias, onde às vezes tem arrastão", afirmou. Segundo Cerqueira, o atual governo recebeu o Rio como uma área de guerrilha, e tem se esforçado para valorizar a polícia e "capturar os bandidos". O governador Marcello Alencar (PSDB) disse que atos violentos são parte da realidade de toda metrópole. "Isso não justifica que se abra uma guerra contra o Rio. Se assim fosse, teríamos de declarar guerra a Nova York, onde uma brasileira foi assassinada no Central Park", disse Alencar. Segundo Cerqueira, a diminuição da violência no Rio não depende só da polícia, "mas também da educação de todos, que não devem seguir quando o sinal está vermelho". Os torcedores do Santos atingidos na Vila do João, segundo ele, entraram em uma área de alto risco. O general disse não temer efeitos negativos do episódio sobre o turismo na cidade. A maioria dos turistas brasileiros no Rio vem de São Paulo. Ele usou o mesmo exemplo do governador. "Milhares de brasileiros continuam embarcando para Nova York." Segundo Cerqueira, "cariocas já sofreram violência em São Paulo e nem por isso as pessoas deixaram de ir para lá". O delegado Waldemar Gonçalves, titular da 21ª Delegacia de Polícia, disse que por volta das 20h de anteontem recebeu um telefonema anônimo avisando que haveria um confronto entre traficantes na Vila do João. Ele disse que comunicou o fato à PM e que os policiais estiveram no local, mas saíram antes da chegada dos torcedores do Santos. Entre as "áreas vermelhas" do Rio, segundo o general, estão favelas como Acari, Vigário Geral, Parada de Lucas e Turano, todas na zona norte. Texto Anterior: Leitor diz que comprou Gol com defeito Próximo Texto: Vítima torcia para Vasco e Corinthians Índice |
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