São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 1995
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Liberação de bebida em estrada é criticada

DA FOLHA SUDESTE; DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário de Estado de Transportes, Plínio Assmann, disse ontem que o projeto do deputado Sylvio Martini (PL), que libera a venda de bebidas alcoólicas nas estradas estaduais paulistas, é uma "pena".
O projeto foi aprovado pela Assembléia Legislativa na última terça-feira. Segundo Assmann, ele ainda não foi discutido com o governador Mário Covas (PSDB) e a secretaria ainda não tem uma posição oficial sobre o assunto.
O secretário afirmou que a venda de bebidas em estradas estaduais aumenta o número de acidentes fatais.
O deputado federal Beto Mansur (PPB-SP) também criticou a decisão da Assembléia paulista.
Mansur foi o relator na Câmara do projeto do novo Código Nacional de Trânsito. Em abril do ano passado, o projeto foi encaminhado ao Senado, que ainda não deliberou sobre o assunto.
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O deputado Sylvio Martini (PL) afirmou que todo mundo sabe da relação entre o consumo de álcool e os acidentes. "Não faço legislação para quem é irresponsável."
Martini considerou as críticas do secretário e do deputado Beto Mansur como simplistas.
"Saindo cem metros da estrada, bebemos o que quisermos", disse Martini. "Em todo lugar do mundo, a pessoa é multada se não passa no teste do bafômetro. Aqui não há capacidade para fazer isso e ficam fazendo demagogia."
Segundo Martini, não há fiscalização sobre a venda de bebidas nas estradas hoje.
Uma legislação mais liberal, para o deputado, faria que os estabelecimentos cumprissem a determinação.
Pelo projeto de Martini, apenas bebidas com teor alcoólico de até 8% (cervejas) podem ser comercializadas, durante as refeições.

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