São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 1995
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Funcionários do ensino estadual param hoje

DA REPORTAGEM LOCAL

O sindicato dos funcionários da rede estadual de ensino de São Paulo (Afuse) convocou um dia de paralisação hoje, reivindicando melhorias salariais.
A greve deverá complicar a matrícula de quem estuda na rede, iniciada ontem, já que o sindicato representa funcionários administrativos e secretários de escola.
"É nessa hora que a gente é mais útil", afirmou o presidente da Afuse, Reinaldo Bicudo, 35.
Segundo ele, a intenção não é prejudicar a população. "As matrículas vão até o dia 18."
O piso mensal dos 66 mil funcionários está em R$ 141. A reivindicação é de um piso de três salários mínimos (R$ 300). O último aumento, de 41%, ocorreu em maio, após uma greve de um mês.
A Secretaria da Educação diz -pela assessoria de imprensa- que "lamenta que a Afuse pretenda fazer a greve num momento em que é preciso dar tranquilidade aos pais". Também afirma que está estudando um aumento. Às 14h, a Afuse realiza manifestação na praça da República (região central).
O primeiro dia da rematrícula, ontem, correu sem incidentes nem filas, apesar da grande quantidade de alunos que estão sendo transferidos de suas escolas por causa da reforma da rede de ensino, que separará os alunos de 1ª a 4ª série dos outros.
Hoje, o juiz da Infância e da Juventude de Ribeirão Preto (319 km de SP), Paulo Cesar Gentile, decide se mantém a liminar que suspende a reforma do ensino na cidade. A liminar foi concedida por ele na terça-feira, atendendo a uma ação civil pública impetrada pelo promotor Marcelo Pedroso Goulart no último dia 4.
Segundo Goulart, 18 cidades do Estado, inclusive São Paulo, já pediram cópias da ação. Anteontem, a Procuradoria Geral do Estado entrou com um pedido de reconsideração, alegando que houve discussão com os conselhos.

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