São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 1995
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Febraban pede a Malan isenção fiscal

Lei atual dilapida banco, diz Schulman

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos), Maurício Schulman, disse ontem que a entidade reivindica ao governo o fim da cobrança do IR (Imposto de Renda) sobre os juros dos empréstimos com pagamento em atraso.
"Ao taxar a provisão de devedores duvidosos como lucro, isso em última instância dilapida o patrimônio dos bancos", disse o coordenador de Comunicação da Febraban, Adilson Lorente.
A entidade pleiteia ao governo que esses créditos de liquidação duvidosa -difíceis de serem pagos pelos devedores- deixem de integrar os lucros dos bancos enquanto não forem pagos ou sua perda for dada como definitiva.
Com isso, os bancos também deixariam de distribuir esses lucros aos acionistas.
Ao sair de reunião ontem com o ministro Malan (Fazenda), Schulman disse que "a legislação atual vai criar lucros fictícios" nos balanços dos bancos.
Segundo o presidente da Febraban, o pleito da entidade se dá "num momento em que a liquidez dos bancos piora e o risco de crédito no Brasil aumenta". Ele disse que os juros aumentaram em consequência da política governamental de defesa da moeda.
Segundo Schulman, a Febraban quer ainda encurtar o prazo para que a perda seja considerada prejuízo definitivo nos balanços.
Schulman disse que o Banco Central está correto em "exigir balanços mais sadios com o aumento das provisões".

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