São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 1995
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Fusões vão continuar em 96, diz Andima

JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O processo de redução do número de instituições financeiras por fusões e aquisições vai continuar em 1996. Mas sem turbulências, afirmou o presidente da Andima, José Carlos de Oliveira.
Ele contabiliza 56 instituições sob alguma forma de administração especial por parte do BC desde a implantação do Plano Real.
A queda dos juros (em ritmo mais rápido na ponta do crédito) vai reduzir os "spreads" bancários (diferença entre o juro pago ao aplicador e cobrado no empréstimo).
Em 95, segundo Renê Aduan, diretor-geral do Banco Real e dirigente da Andima (que reúne das instituições que atuam no mercado aberto), o "spread" médio de uma agência bancária girou ao redor de 3,5% ao mês. Em 96, deve ficar ao redor de 1,5%.
A redução dos "spreads" deve tornar agências, hoje lucrativas, em deficitárias. A Andima espera, no entanto, que a perda de receita com a redução dos "spreads" seja compensada pelo aumento do volume das operações de crédito.
Dizendo-se otimista com 1996, Oliveira diz que o cenário não mostra pressões inflacionárias e que a situação cambial é tranquila, com reservas internacionais (o caixa do país em moeda forte) da ordem de US$ 50 bilhões.
Oliveira não espera que 96 repita 1995, quando, empurrada por juros altos, a dívida interna do governo pulou de R$ 47 bilhões para R$ 107 bilhões. Para reduzir a dívida, o governo deve acelerar as reformas e as privatizações.
Oliveira acredita que o próximo ano será mais homogêneo e não terá as oscilações bruscas no nível de atividade de 95. "Que começou com uma temperatura de 42 graus e terminou com 33."
(JCO)

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